sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Palestra com Marcia Duarte


RESUMO

QUANDO A DANÇA É jOGO E O INTERPRETE É JOGADOR



Esta investigação tem como objeto a criação em dança fundada em princípios elementares do jogo. Tomei como hipótese a ideia de que o conceito de jogo poderia ser aplicado na prática da criação cênica não só como recurso na geração de material criativo (improvisação), mas também incorporado como engrenagem e elemento estruturador da composição coreográfica, tornando-a assim permanentemente aberta às novas proposições. Esta concepção de obra como o exercício do jogo impõe à atuação do intérprete a condição de reagir em cena à situação presente, no aqui e no agora, demandando uma ação que responda à possibilidade do acaso, do efêmero e do imprevisível. Isto apartaria toda e qualquer tendência à execução mecânica de partituras conhecidas de movimento, logrando obter uma presença expressiva pela veracidade das ações que surgem em resposta à instabilidade da situação. No âmago dessa pesquisa, está a realização de cinco projetos de encenação: Olhos de Touro, De touros e Homens, Jogos temporários, Húmus e MOBAMBA. Experiências que evidenciaram em seus processos criativos a força da corporeidade cênica gerada pelas relações e situações implicadas nos jogos criados para a cena, os jogos-cena, definidos como estruturas de composição regidas por um conflito imaginário, situado em espaço e tempo próprios, oferecendo aos jogadores liberdade para atuar sobre uma gama de possibilidades imprevisíveis de ação, delimitadas por regras e norteadas por uma progressão dramática objetivando a produção de sentido e significados. Esta corporeidade exigiu atributos e competências que extrapolaram as conhecidas demandas que incidem sobre o intérprete-criador, sobretudo no que concerne a capacidade de lidar com as múltiplas associações paradoxais que as situações de jogo impõem, como aceitar as regras como aliadas da liberdade, se dispor a atingir uma profunda percepção de si em conexão com o todo à sua volta, integrar a imaginação à realidade da ação e exercer singular autonomia criativa e autoridade sobre a obra, abrindo outra perspectiva para a compreensão da noção de atuação do intérprete–jogador.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Violência Cênica - Curso de Dublê de Ação em Uberlândia dias 22 e 23 de Setembro


Curso de Dublê de Ação
Violência Cênica


Dublês de (ação), normalmente são contratados por produtores de cinema, publicidade, televisão, diretores de teatro, escolas de teatro, etc.

Dublês tem como função criar sequencias de ação, coreografar cenas de luta ou violência, substituir atores em cenas de risco ou que estão além das capacidades do ator, assim como auxiliar o diretor na concretização de sua visão como criador em dialogo com o roteiro.

Também é seu papel garantir a segurança de que participa diretamente e indiretamente, ou seja, tanto dos atores ou dublês como de toda a equipe de filmagem. Preparação e formação de atores em pré-produção e durante as filmagens.


Conteúdo programado

A proposta de trabalho é criar situações que contenham ação individual uma caída de uma cadeira, por exemplo, ou de ação coletiva, uma briga ou uma rebelião. Para representar tais situações serão disponibilizadas as seguintes técnicas:

Aquecimento, movimentação acrobática e exercícios de confiança pessoal e maior consciência corporal;

Técnica base para efetuar caidas sem o risco de se lesionar;

Técnicas de lutas cênicas e coreografia de ação;

Exercícios de contato visual, objetivando estimular a Ação Reflexo, a potencialidade de movimentos de reação e a criação de um estado de segurança apoiado nesses recursos técnicos;

Desenvolvimento da distância de segurança, visando a precisão na execução das coreografias e o controle dos movimentos de modo que nenhum golpe escape por acidente ou negligencia profissional;

Falseando ações, informar sobre quais são os angulos de camera que favorecem a cena, para que se aproximem ao máximo de ações reais;

Público Alvo

Dirigido a atores, dançarinos e performances que queiram expandir suas técnicas interpretativas, adentrando-se no campo dos Dublês de Ação e da Violência Cênica. O objetivo é transmitir técnicas básicas dos “Stuntmens” (dublês) com as quais se faz possível a reprodução de uma cena de violência, ou de ação transmitindo realidade ao expectador com a máxima segurança para o interprete.

Renato Camargos

È brasileiro, mas atua como coordenandor de ações e dublê na Espanha a mais de 7 (sete) anos. Participou de várias produções espanholas para TV e Cinema, assim como em campanhas publicitárias. Possui formação em Artes Marciais e Dança com concentração em Hip Hop